Aos palácios de Odin, ó Valquírias
Levai quem de trono heroico a terra habitou
Aqui em chão ouvem-se as liras
Lá em seu rumo levais com fulgor
Por auroras, crepúsculos, entre terras vividas
O absoluto canto do vencedor a seu senhor
De Vahalla aproximas-te com um rompante
Deixas nas curvas do céu um doirado
Oiçam os terrenos a este cavalgar brilhante
Que a terra que cobris agora, o relvado
Que pisas de longe, com majestade estonteante
É o trono aos mais fortes separado
Em tua música, ó Wagner, como soubestes
Reproduzir em dentro de teus temas, a assumir
A vida que está fulgurosa a chegar que soubeste
De ímpeto e força extrema de outrora revestir
A vida que flui das eras e encontra o que fizestes
Como de Odin o palácio dos festins e da vida a consumir
Em violinos e clarinetes, em todos os instrumentos
Criastes e recriastes o véu a se abrir
Para o das Valquírias cavalgar chegasse em momento
De termo a cores vívidas compartir
Eis a tua senhora fala ó compositor de extremos
Mostrastes das aladas Valquírias aladas, as asas a rugir
Ferozes, em caminhos, revoadas
Em torpor, em vida, em sentimento
Eis aqui meu canto de espanto, Valquírias aladas
Sois mais que uma lenda, sois poesia em movimento
Eustáquio Silva (19/02/2016)
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