Como hei de viver? A poetar...
Eis o meu barco à guisa, ao vento
Mimo pouco ao meu lamento
O que quero e em versos navegar
Calados siléncios, outros caminhos
São-me ode de um mundo a porvir
Não quero os soluços repetir
Não, digo não a estes espinhos
Que ferem a todo poeta
Mesmo que lá dor não sinta
Junta-se a sua incrível sina
Que de longe a vida não acerta
Eu, meus tolos eus, eu
Este pronome ousadamente definido
Sente pelo mundo atraído
A dizer: nada em mim não morreu
Viver a poetar é ter pouco chão
E dele fazer bem o traçado
Para não cair atrapalhado
A atropelos a ser guiado p'la escuridão
Eustáquio Silva (02/05/2016).
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