O que vês?
Se dionisíaco dirias que vês tudo, o nada, o niilismo, o espancar das trevas antes do rebocar à luz.
Se apolíneo dirias que falta a claridade, que falta a luminosidade. Que algo está em constante falta.
Se aristotélico falta-se a simetria. Sem esta qualquer palavra ou medida seria um entinema, um silogismo imperfeito, portanto não silogismo e que há em cada pedaço da imagem um não dizer, um ilógico.
Se contemporâneo dirias tu, ó leitor, que há um conceito a ser descoberto, parido por uma ideia, por um desvelar e que a ideia está escondido no que "aparece".
Se do senso comum dirias tu que é só um fundo escuro e que não irias estar a perder tempo com isto. Talvez um pouco caeiriano, decerto pertinente dizê-lo.
Se cartesiano o ápice é de uma imagem a ser preenchida com algum sentido e mais nada.
E vós? O que estais a ver?
Qual que é a tua perspetiva?
Qual a tua palavra a ser dicta sobre isto?
É a mesma que digo?
Outra?
Alguma destas?
Qual?
Eustáquio Silva (26/03/2016).
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