Corpo de meu corpo, arte de minha arte, a poesia
Que tens tudo qu'um homem pode pensar em q'rer
Que carregas tudo que possa vir a florescer
Que caminhas por onde só anda a melancolia
E não choras, não gemes, nem gemeria
Se tu, por acaso, da vida fostes algo dizer
Ó poesia, tu consegues a todos entorpecer
É só tocares e o que tocares é realidade, não reveria
Gostaria que todos que te visse, entretanto
Olhassem a teus momentos de tristeza incontida
E pudessem dizer: como são rico estes prantos!
Que regaram e regam todas as mais puras vidas
Que ensinam a conviver com o do mundo desencanto
Até em ti ficarem belas e doces quaisquer feridas
Eustáquio Silva (03/04/2016).
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