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segunda-feira, 25 de abril de 2016

A que deve-se a precoce perda - Parte I


Amy Winehouse

Como uma cantora de tantos talentos perdeu-se a tal ponto que actuar e vê-la cantar era um suplício? Uma das melhores e maiores vozes de uma geração perdeu-se compulsivamente por conta de problemas sérios com drogas e más companhias a ponto de ser alvo de tantas e tantas discussões sobre quem realmente deu a ela a sentença de morte, já em vida. Prefiro ficar com o seu talento que ignorar a importáncia que tem para tantas pessoas. 


Ian Curtis (Joy Division) 

Este já é um caso diferente. Já tinha em si o ADN do regresso à morte. A depressão e a inconstáncia que eram-lhe peculiares faziam dele uma bomba relógio. Um homem à beira do abismo a falar de amor que irá separar as pessoas. Isto fez dele um elemento que perdeu-se e não teve como recuperar-se. Restou-lhe o suicídio. 
Cabe em esta chávena pelo que representou à música e, precocemente, calou-se. A vida de um músico interfere na de várias outras pessoas e se todos soubessem não deixar-se-iam levar por esta desgraça interna a ponto de perder-se em si. Mas quem sou eu a julgá-lo, pois o vazio interior podia-lhe ser tão forte que não foi possível superá-lo. Mas, de qualquer modo, há-se fazê-lo esta homenagem. 


Kurt Cobain (Nirvana) 

A alguns o último grande talento do Rock n Roll,  a outros um rebelde sem causa. A mim um ícone de minha geração. Cresci a escutá-lo e a admirá-lo. Sabia de seus problemas, mas via em sua música um grito da juventude à sua época. Um dos mais notáveis cantores, ou mesmo, não cantores de sua geração. Se tivesse chance de mais viver seria bem maior do que foi. Mas não poderia. O histórico de vida não o deixava. Um ás perdido. Um homem sem rumo. Um alguém que abominava a fama. Um ser sem acção diante dos factos. Restou-lhe a vida como peso e o peso de sua perda. Infelizmente...


Whitney Houston 

Como bem disse o professor de canto e youtuber Márcio Guerra, alguém que brincava de cantar. Uma voz impressionante. Alguém que galgaria algo ao lado de damas do blues, jazz e soul americanos. Mas sucumbiu às más companhias, as mesmas que acabaram com Amy Winehouse. Perdeu a batalha para as drogas e foi um exemplo de derrota para tantos e tantos de seus fãs. Confesso eu que das quatro pessoas que trouxe à Chávena, ela era a que menos ouvia. Não é de meu género musical preferido. Pero é de um talento incontestável. Faz com a voz o que bem quer. É dona da melhor voz se prestasse a ela a atenção devida. 
Encerra este primeiro momento por achar eu que alongar-me-ia demais em fazer mais observações. Se quiserem nada leiam do que escrevi apenas escutem as perdas que estão dispostas. E verão que virão a repetir aquilo que vos digo em estas poucas e parcas palavras. 


Eustáquio Silva (25/04/2016).  
 


1 comentário:

  1. E esta lista só aumenta se percebermos o vácuo que as coisas tomaram nos últimos anos. A própria questão filosófica da vida,do que se há-de fazer com esta e assim por diante. Outros posts destes virão, por suposto.

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